sábado, 6 de abril de 2013

Companheiros de Viagem

     "Prefiro pensar nos meus pacientes e em mim mesmo como companheiros de viagem, um termo que suprime as distinções entre "eles" (os aflitos) e "nós" (os que curam). (...) Estamos todos juntos nisso e não existe nenhum terapeuta e nenhuma pessoa imune às tragédias inerentes à existência" (Irvin Yalom).

Terapia

     "Um psicoterapeuta observa, em inúmeros casos, como os pacientes vão, gradativamente, modificando sua história ao se conhecer melhor e ao travar melhores relações consigo mesmos e com seus objetos internos. Parece que se aperfeiçoa a integração entre essas duas faces da mente, ou seja, entre emoção e razão. Esta é a mola mestra. A relação de um ser humano com outro ser humano e tudo o que ele faz na vida derivam sempre das relações que estabelece com o próprio self, ou seja, de seus registros pessoais, de suas crenças, dos recursos que desenvolveu, integrando sua bagagem genética com seus diferentes modelos e níveis de aprendizagem.

     (...) As terapias de abordagem sistêmica visualizam especialmente as inter-relações, isto é, o que se passa entre as pessoas significativamente vinculadas, levando-as a assumir papéis e funções que as influenciam decisivamente em suas escolhas e no desenrolar de suas histórias em comum" (Iara Anton).

Adequadamente Incomum

     "O falar não só nos conecta com os outros como também aquilo que expressamos pela fala cria um significado e informa a nós e aos outros. Acima de tudo, o que expressamos molda nossas vidas e nossos entendimentos.

         (...) Se as pessoas ficam expostas ao comum, tendem a permanecer as mesmas. Se encontram alguma coisa fora do comum, esse fora do comum pode induzir a uma mudança. Se o novo que encontram é muito fora do comum, fecham-se para não ser influenciadas. Portanto, o que nós, seus supostos ajudantes, deveríamos fazer é nos esforçar para, durante as conversas com essas pessoas, oferecer alguma coisa incomum, mas não incomum demais" (Tom Andersen).

Responsabilidade e Liberdade

     "A responsabilidade e a liberdade só são possíveis a partir do respeito por si mesmo, o qual permite escolher a partir de si e não movido por pressões externas" (Humberto Maturana).

Nossos Pais

     "De longe, estão sempre por perto".

O Eu Particular

     "Quando digo 'eu', quero dizer uma coisa absolutamente única, que não deve ser confundida com nenhuma outra" (Ugo Betti).

Medo de Crescer


"Esta planta gostaria de crescer
E, ao mesmo tempo, ser embrião;
Aumentar e, contudo, escapar
                Do destino de tomar forma".                    (Richard Wilbur)

A Verdade liberta

     "A verdade nos é tão essencial que o preço por sua perda é adoecer gravemente. Dessa forma, procuramos descobrir, por meio de um longo processo, nossa verdade pessoal, aquela que, antes de nos brindar com um novo nível de liberdade, dói continuamente - a menos que nos contentemos com um reconhecimento intelectual, o que nos faz permanecer na esfera da ilusão.

      Não podemos mudar em nada nosso passado, não podemos desfazer os males que nos foram imputados na infância. Mas podemos nos mudar, "consertar", reconquistar nossa integridade perdida. Isso é possível à medida que decidimos observar mais de perto o conhecimento sobre o passado arquivado em nosso corpo e decidimos colocá-lo mais perto de nossa consciência. Certamente, é um caminho desconfortável, mas é o único que nos oferece a possibilidade de, finalmente, deixar a invisível (e, ao mesmo tempo, cruel) prisão da infância, nos transformando de vítimas inconscientes do passado em pessoas responsáveis, que são cientes de sua história e, com isso, capazes de conviver com ela.

    (...) O que não raro mata é reprimir os sentimentos, cuja experimentação consciente poderia nos revelar a verdade. Ao contrário disso, o reavivamento e a consciência dos sentimentos da infância não matam: libertam" (Alice Miller).

Perdas Necessárias

     "Quando pensamos em perda, pensamos na morte das pessoas que amamos. Mas a perda é muito mais abrangente em nossa vida, pois perdemos não só pela morte, mas também por abandonar e ser abandonado, por mudar e deixar coisas para trás e seguir nosso caminho. E nossas perdas incluem não apenas separações e partidas dos que amamos, mas também a perda consciente ou inconsciente de sonhos românticos, expectativas impossíveis, ilusões de liberdade e poder, ilusões de segurança - e a perda do nosso próprio eu jovem, o eu que se julgava para sempre imune às rugas, invulnerável e imortal.

     (...) Essas perdas são parte da vida - universais, inevitáveis, inexoráveis. E essas perdas são necessárias, porque, para crescer, temos de perder, abandonar e desistir.

     (...) Pediram a um garoto de oito anos um comentário filosófico sobre a perda. Sendo homem de poucas palavras, respondeu: 'Perder suga a gente'. Em qualquer idade, temos de concordar: perder é difícil e doloroso. Mas consideremos também o ponto de vista de que só através de nossas perdas nos tornamos seres humanos plenamente desenvolvidos.

      (...) Para compreender nossas vidas, precisamos compreender como enfrentamos nossas perdas. As pessoas que somos e a vida que vivemos são determinadas, para o melhor e para o pior, pelas nossas experiências de perda.

     (...) Examinar essas perdas não significa encontrar remédios auspiciosos como Ganhar Perdendo ou A Alegria da Perda. Nosso jovem filósofo disse: 'Perder suga a gente'. Mas olhar para as perdas é ver como estão definitivamente ligadas ao crescimento. E começar a perceber como nossas respostas às perdas moldaram nossas vidas pode ser o começo da sabedoria e de uma mudança promissora" (Judith Viorst).

As Crianças

     "Meu trabalho com crianças tem sido para mim uma experiência de crescimento. Toda vez que uma criança abre seu coração para mim e compartilha essa assombrosa sabedoria geralmente mantida oculta, eu sinto uma profunda reverência. As crianças com quem trabalhei talvez não saibam, mas elas me ensinaram muita coisa a respeito de mim mesma.

    Sinto-me privilegiada por ter descoberto formas efetivas de ajudar crianças a atravessar com mais facilidade algumas passagens difíceis de suas vidas. Compartilho as minhas experiências na esperança de que mais adultos encontrem meios de dar às crianças a assistência que estas necessitam para lidar com seu mundo, público e particular" (Violet Oaklander).

Os Homens e as Emoções

     "Se os homens são tão capazes de responder à emoção quanto as mulheres, então por que as pessoas costumam achar que homens não têm sensibilidade? A resposta é clara. Embora os homens e as mulheres tenham uma experiência interna semelhante da emoção, os homens tendem a esconder suas emoções. Verificamos que as mulheres, em nossos estudos, eram muito mais descontraídas ao expressar os sentimentos em palavras, expressões faciais e linguagem corporal. Os homens tinham mais tendência a reprimir, disfarçar e fazer pouco dos próprios sentimentos.

     Há a teoria de que os homens fazem isso porque são educados para ser durões e recear as consequências de 'perder o controle'. De fato, alguns homens adquirem um senso tão distorcido de masculinidade que não se permitem perceber nenhum tipo de emoção.

     Embora tenha implicações importantes nas relações familiares do homem, o fato de ele relutar em enfrentar emoções não impede que ele seja um bom treinador emocional. Pesquisas mostram que a maioria dos homens estão qualificados para isso. Têm a capacidade de reconhecer e reagir às emoções dos filhos. Podem sentir empatia. Para a maioria dos homens, tornar-se emocionalmente consciente não é uma questão de adquirir novas qualidades. É uma questão de a pessoa se permitir experimentar as qualidades que já possui" (John Gottman).

A Arte da Preparação Emocional

     "A chave para o sucesso na criação de um filho não está em teorias complexas, regras familiares elaboradas nem em fórmulas de comportamento complicadas. Ela se baseia em seus sentimentos mais profundos de amor e afeição por seu filho e é demonstrada de maneira simples através de empatia e compreensão. Os bons pais começam agindo com o coração e assim continuam a cada momento, segurando os filhos quando os ânimos se exaltam, quando eles estão tristes, irritados ou com medo. Em essência, ser pai ou mãe é estar presente nos momentos importantes.

     (...) O conceito de preparação emocional é simples. Baseia-se no bom senso e origina-se de nossos sentimentos mais profundos de amor e empatia por nossos filhos. Infelizmente, porém, a técnica da preparação emocional não é coisa que os pais aprendem a usar automaticamente apenas porque amam seus filhos. Nem que adquirem naturalmente quando decidem ter uma atitude positiva e carinhosa para com eles. O treinamento da emoção é antes uma arte que requer percepção emocional e um conjunto específico de atitudes de ouvir e resolver problemas - atitudes encontradas em famílias emocionalmente inteligentes.

     Creio que quase toda mãe e quase todo pai pode vir a ser um preparador emocional, mas também sei que, primeiro, muitos pais precisam superar certos obstáculos. Alguns deles podem ter sido causados pela maneira como era tratada a emoção na casa de seus próprios pais. Ou pode ser que os pais não consigam ouvir os filhos. Seja por que for, esses obstáculos podem impedir que a pessoa seja aquele tipo de pai ou mãe forte e confiável que ela deseja ser" (John Gottman).

Como um Mapa

     "Minha fascinação imorredoura por mapas me levou a vê-los como uma metáfora para meu trabalho com pessoas que me consultam sobre uma gama de preocupações, dilemas e problemas. Quando nos sentamos juntos, eu sei que estamos embarcando em uma jornada rumo a um destino que não pode ser especificado com precisão e por rotas que não podem ser pré-determinadas. Sei que, provavelmente, iremos por algumas rotas extraordinariamente pitorescas a essas destinações desconhecidas. Sei que, à medida que nos aproximarmos delas, entraremos em outros mundos de experiência.

     E sei que as aventuras que ocorrem nessas jornadas não dizem respeito à confirmação do que já é conhecido, mas a expedições rumo ao que é possível as pessoas saberem sobre sua vida. Isso fica evidente de muitas maneiras. Por exemplo, no contexto de conversações terapêuticas, as pessoas invariavelmente modificam suas metas ou abraçam objetivos que repentinamente se tornam importantes para que elas façam mudanças, as quais não poderiam ter sido previstas no início do processo ou percurso. No começo de uma conversação terapêutica, uma pessoa pode se programar para se tornar mais independente, mas, ao longo do curso da conversação, descartar essa meta a favor de outra que abrace mais abertamente uma ética de parcerias em atos da vida. Ou um casal pode, inicialmente, apresentar o desejo de resolver diferenças na relação, mas, a meio caminho na conversação terapêutica, substituir esse objetivo pelo de reconhecer e celebrar as diferenças na relação" (Michael White).

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Contato

Rafaela de Andrade Bianco 
Psicóloga Clínica - CRP: 12/11456 
Terapia Relacional Sistêmica

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