sábado, 6 de abril de 2013

Perdas Necessárias

     "Quando pensamos em perda, pensamos na morte das pessoas que amamos. Mas a perda é muito mais abrangente em nossa vida, pois perdemos não só pela morte, mas também por abandonar e ser abandonado, por mudar e deixar coisas para trás e seguir nosso caminho. E nossas perdas incluem não apenas separações e partidas dos que amamos, mas também a perda consciente ou inconsciente de sonhos românticos, expectativas impossíveis, ilusões de liberdade e poder, ilusões de segurança - e a perda do nosso próprio eu jovem, o eu que se julgava para sempre imune às rugas, invulnerável e imortal.

     (...) Essas perdas são parte da vida - universais, inevitáveis, inexoráveis. E essas perdas são necessárias, porque, para crescer, temos de perder, abandonar e desistir.

     (...) Pediram a um garoto de oito anos um comentário filosófico sobre a perda. Sendo homem de poucas palavras, respondeu: 'Perder suga a gente'. Em qualquer idade, temos de concordar: perder é difícil e doloroso. Mas consideremos também o ponto de vista de que só através de nossas perdas nos tornamos seres humanos plenamente desenvolvidos.

      (...) Para compreender nossas vidas, precisamos compreender como enfrentamos nossas perdas. As pessoas que somos e a vida que vivemos são determinadas, para o melhor e para o pior, pelas nossas experiências de perda.

     (...) Examinar essas perdas não significa encontrar remédios auspiciosos como Ganhar Perdendo ou A Alegria da Perda. Nosso jovem filósofo disse: 'Perder suga a gente'. Mas olhar para as perdas é ver como estão definitivamente ligadas ao crescimento. E começar a perceber como nossas respostas às perdas moldaram nossas vidas pode ser o começo da sabedoria e de uma mudança promissora" (Judith Viorst).

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