sábado, 6 de abril de 2013

Como um Mapa

     "Minha fascinação imorredoura por mapas me levou a vê-los como uma metáfora para meu trabalho com pessoas que me consultam sobre uma gama de preocupações, dilemas e problemas. Quando nos sentamos juntos, eu sei que estamos embarcando em uma jornada rumo a um destino que não pode ser especificado com precisão e por rotas que não podem ser pré-determinadas. Sei que, provavelmente, iremos por algumas rotas extraordinariamente pitorescas a essas destinações desconhecidas. Sei que, à medida que nos aproximarmos delas, entraremos em outros mundos de experiência.

     E sei que as aventuras que ocorrem nessas jornadas não dizem respeito à confirmação do que já é conhecido, mas a expedições rumo ao que é possível as pessoas saberem sobre sua vida. Isso fica evidente de muitas maneiras. Por exemplo, no contexto de conversações terapêuticas, as pessoas invariavelmente modificam suas metas ou abraçam objetivos que repentinamente se tornam importantes para que elas façam mudanças, as quais não poderiam ter sido previstas no início do processo ou percurso. No começo de uma conversação terapêutica, uma pessoa pode se programar para se tornar mais independente, mas, ao longo do curso da conversação, descartar essa meta a favor de outra que abrace mais abertamente uma ética de parcerias em atos da vida. Ou um casal pode, inicialmente, apresentar o desejo de resolver diferenças na relação, mas, a meio caminho na conversação terapêutica, substituir esse objetivo pelo de reconhecer e celebrar as diferenças na relação" (Michael White).

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